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Quarta-feira, Janeiro 15, 2025
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Médio Oriente: Ataque israelita faz seis mortos na Cisjordânia

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A Autoridade Palestiniana anunciou a morte de seis pessoas num bombardeamento israelita que atingiu na terça-feira à noite o campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, com o Exército israelita a indicar um ataque aéreo nesta zona.

“Cinco mártires e vários feridos após um bombardeamento da ocupação [israelita] no campo de Jenin”, destacou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana, num breve comunicado.

Já as forças israelitas frisaram, em comunicado divulgado hoje à noite, que “uma aeronave da Força Aérea realizou recentemente um ataque na região de Jenin”, sem adiantar mais pormenores.

Um bastião de grupos armados palestinianos envolvidos na luta armada contra Israel, Jenin é regularmente alvo de operações militares israelitas que têm como alvo membros ou líderes destes grupos.

O ataque aéreo israelita ao campo de Jenin ocorre no momento em que o Qatar garantiu hoje que um acordo de cessar-fogo em Gaza poderia ser alcançado “muito em breve”, com negociações a serem realizadas sob a sua mediação “nas fases finais”, após 15 meses de guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, que fez dezenas de milhares de mortos.

A violência na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, explodiu desde o início desta guerra, que foi desencadeada em 07 de outubro de 2023 por um ataque sem precedentes do movimento islamista ao sul de Israel, que provocou cerca de 1.200 mortos e outras 250 foram levadas como reféns, das quais apenas uma parte estarão vivos.

Desde então, pelo menos 831 palestinianos foram mortos na Cisjordânia pelo Exército israelita ou por colonos, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.

Ao mesmo tempo, pelo menos 28 israelitas, incluindo soldados, morreram em ataques palestinianos ou em operações militares, segundo as autoridades israelitas.

A ofensiva em grande escala de Israel na Faixa de Gaza provocou por seu lado acima de 46 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, e deixou o enclave destruído e mergulhado numa grave crise humanitária.

Ex-responsável da Santa Casa de Lisboa critica governo de António Costa por redução de imposto nos jogos online

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foto: Arlindo Homem

O ex-vice-provedor da Santa Casa de Lisboa Fernando Sousa Afonso responsabilizou esta terça-feira o governo do primeiro-ministro António Costa de ter lesado o país ao reduzir a tributação sobre o jogo online, com consequências para os jogos sociais.

Fernando Paes Sousa Afonso esteve ontem a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito à gestão estratégica e financeira e à tutela política da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), na qual referiu ter sido sempre contra o jogo online, apesar de, tal como confrontado pelo deputado do Partido Socialista Fernando José, ter sido durante o seu mandato à frente do Departamento de Jogos que o governo de Pedro Passos Coelho avançou com a regulamentação do jogo online.

O ex-vice-presidente lembrou que fez parte de uma comissão interministerial para o jogo online, em 2012, na qual defendeu que o que “melhor salvaguardaria os interesses do Estado e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa era que se mantivesse o chamado regime restritivo”, ou seja, com a instituição a ter o exclusivo da exploração do jogo online.

“Eu fui contra a possibilidade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa requerer uma licença para a operação online por recear que, com essa decisão, Portugal pudesse correr o risco de ter uma decisão negativa, desta vez do Tribunal de Justiça da União Europeia, para justificar a manutenção do monopólio dos jogos sociais do Estado”, explicou.

Salientou, por outro lado, que a SCML “só fica com uma pequena parcela dos resultados da exploração dos jogos sociais do Estado” e que “essa parcela vai diminuindo, ou vai aumentando, ou vai variando, em função de decisões que são tomadas aqui na Assembleia da República”.

“Cada vez que a Assembleia da República reduz o percentual destinado à Santa Casa da Misericórdia em favor de outros ministérios, naturalmente põe em causa a sustentabilidade da Santa Casa da Misericórdia”, defendeu Fernando Sousa Afonso.

Reafirmou que a Santa Casa sempre defendeu que “a abertura do mercado do jogo online prejudicaria as receitas dos jogos sociais do Estado” e que o governo de Pedro Passos Coelho foi sensível a isso “de duas maneiras”.

Explicou que, por um lado, o então Executivo atribuiu à SCML a possibilidade de explorar as apostas hípicas e, por outro, aplicou ao jogo online uma taxa de impostos tão elevada que “ela se traduziria numa restrição ativa do jogo online”.

De acordo com o ex-vice-provedor, “essa tributação foi reduzida para quase metade em 2020”, já durante o governo socialista de António Costa, uma decisão que classificou como “altamente lesiva do interesse nacional”, quer pelos impactos nos jogos sociais, quer nos próprios jogos online.

Para Fernando Sousa Afonso, essa decisão, que foi aprovada pela Assembleia da República, teve implicações ao nível da facilitação e do “alargamento da base de apostadores, dos volumes jogados e dos problemas criados”.

“Neste momento, nós temos mais de 4,5 milhões de jogadores registados nos diferentes operadores. Mais de 270 mil cidadãos portugueses autoexcluídos por dificuldades financeiras graves decorrentes da prática do jogo online”, criticou.

“E temos um aumento significativo dos resultados dos operadores [de jogo online], em detrimento dos resultados que a Santa Casa da Misericórdia podia e deveria ter obtido em favor dos operadores”, acrescentou.

Referiu também que para “correr atrás do prejuízo” que isso causou à SCML, a instituição teve de tomar medidas para “minimizar o impacto dessa decisão”, nomeadamente com o lançamento do jogo ‘Placard’, um jogo de apostas desportivas, projeto que acompanhou até sair da Santa Casa, em 2016.

Na mesma altura disse que estavam a ser feitos estudos prévios sobre as apostas hípicas e que esse investimento deveria ter sido continuado pelo vice-provedor Edmundo Martinho, mas que tal não veio a acontecer.

A Meta planeia despedir 5% do seu pessoal considerado “pouco eficiente”

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A Meta planeia despedir cerca de 3.600 empregados considerados pouco eficientes, antes de contratar funcionários para ocupar os seus lugares a partir deste ano, de acordo com um memorando interno enviado na terça-feira aos seus empregados

A empresa-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp confirmou à AFP que o patrão Mark Zuckerberg decidiu despedir 5% do pessoal. A Meta empregava cerca de 72.400 pessoas em setembro.

“Decidi elevar a fasquia da gestão do desempenho e livrar-me mais rapidamente dos funcionários com fraco desempenho”, afirma o CEO na nota.

A Meta já tinha despedido vários milhares de trabalhadores em 2023, decretado o “ano da eficiência” na sequência da pandemia.

O despedimento de uma parte dos trabalhadores com base no desempenho é uma prática comum nas grandes empresas americanas.

Uma decisão semelhante foi anunciada na Microsoft na semana passada, segundo o Business Insider, afetando menos de 1% dos empregados do grupo.

A decisão da Meta, no entanto, faz parte de uma série de anúncios com o objetivo de transformar o gigante das redes sociais na era de Donald Trump e Elon Musk.

Na semana passada, Mark Zuckerberg pôs fim ao seu programa de verificação de factos nos Estados Unidos, destinado a combater a desinformação nas suas plataformas e visto como “censura” contra os conservadores pela direita americana.

Em vez de organizações independentes, os utilizadores poderão acrescentar contexto a certas publicações, como acontece na rede social X de Elon Musk.

O líder também pôs fim aos programas destinados a promover a diversidade dos funcionários e as regras de moderação de conteúdos no Facebook e no Instagram foram flexibilizadas.

A partir de agora serão permitidos mais insultos e apelos à exclusão de mulheres e pessoas LGBTQIA+ das instituições.

Ambas as decisões estão também alinhadas com as visões políticas do presidente-eleito Donald Trum e do seu aliado Elon Musk.

“Penso que grande parte da nossa sociedade se tornou (…) castrada, de certa forma, ou emasculada”, disse Mark Zuckerberg a Joe Rogan, apresentador de um popular podcast conservador, numa entrevista alargada transmitida na sexta-feira.

Tal como muitos dos seus vizinhos e concorrentes no Silicon Valley, Zuckerberg tem feito repetidos avanços em direção a Donald Trump.

Jantou com ele em novembro, doou um milhão de dólares para a sua cerimónia de tomada de posse, a 20 de janeiro, e nomeou vários dos seus aliados para cargos importantes.

Do lado inverso, o empresário Dana White, presidente da liga desportiva de artes marciais UFC e apoiante de Donald Trump, faz agora parte do conselho da Meta.

A nomeação foi anunciada por Zuckerberg no Facebook, onde acrescentou que Charlie Songhurst, um investidor em tecnologia que tem aconselhado a Meta sobre inteligência artificial, e John Elkann, CEO da Exor, uma holding que possui várias marcas automóveis e outras empresas, também farão parte do conselho de diretores.

Daniel Sousa deixa Vitória de Guimarães após três semanas de trabalho

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foto: Cristina Mendes / Notícias Em Direto

O treinador Daniel Sousa deixou o Vitória de Guimarães após três semanas no comando dos minhotos, confirmou esta terça-feira o sexto classificado da I Liga portuguesa de futebol, em nota publicada no site oficial.

“A Vitória Sport Clube, Futebol SAD e o treinador Daniel Sousa chegaram a acordo para a cessação do contrato de trabalho que mantinham. Saem também do clube os adjuntos Francisco Matos, Ricardo Jorge Ribeiro, Gonçalo Barbosa, João César Pereira e Maximiliano Pereira”, refere a nota.

Sucessor de Rui Borges, treinador que começou a época nos vitorianos, o barcelense de 40 anos assinou um contrato válido até junho de 2026 e foi apresentado em 26 de dezembro de 2024.

Ao ‘leme’ dos vimaranenses, contabilizou dois empates para o campeonato, com Farense (2-2) e Sporting (4-4), e uma derrota com o Elvas (2-1), do Campeonato de Portugal, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal, realizado no domingo.

Ainda na presente época, Daniel Sousa deixou em agosto de 2024 o Sporting de Braga, vizinho e rival do Vitória, após ter cumprido a pré-temporada e orientado a equipa ‘arsenalista’ em quatro jogos oficiais, tendo somado duas vitórias e dois empates.

Membro das equipas técnicas do agora presidente do FC Porto, André Villas-Boas, entre 2009/10 e 2020/21, na Académica, FC Porto, Chelsea, Tottenham, Zenit, Xangai e Marselha, Daniel Sousa estreou-se como treinador principal em 2022/23, ao serviço do Gil Vicente, tendo conduzido os ‘galos’ ao 13.º lugar da I Liga.

Na época 2023/24, o técnico assumiu o comando do Arouca após a 11.ª jornada e guiou os ‘lobos’ da serra da Freita do 18.º e último posto ao sétimo lugar, com 40 pontos somados em 23 jornadas.

Portugal enviou mais dois pequenos satélites para o espaço

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Portugal enviou hoje, às 19:09, mais dois pequenos satélites para o espaço, um da Universidade do Minho (UMinho) e outro da empresa LusoSpace, que seguiram a bordo de um foguetão Falcon 9, da companhia norte-americana SpaceX.

A descolagem do foguetão, às 19:09 de Lisboa, ocorreu da base espacial de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos, com 11 minutos de atraso sobre a hora prevista e pôde ser acompanhada em direto a partir do Campus de Guimarães da UMinho.

O PoSAT-2, da LusoSpace, e o Prometheus-1, da UMinho, são o quarto e o quinto satélites portugueses a serem enviados para o espaço, depois dos nanossatélites ISTSat-1 e Aeros MH-1, em 2024, e do microssatélite PoSAT-1, em 1993.

O Prometheus-1 tem fins pedagógicos e é o segundo nanossatélite a ser construído por uma instituição universitária portuguesa, depois do ISTSat-1, pelo Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.

O PoSAT-2 é o primeiro de uma constelação de 12 microssatélites para monitorização do tráfego marítimo e foi totalmente construído nas instalações da LusoSpace, em Lisboa.

Despedimentos coletivos nas grandes empresas duplicam até novembro

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foto ilustrativa: João Polónia / Notícias Em Direto

O número de despedimentos coletivos abrangendo grandes empresas mais do que duplicou até novembro, face ao período homólogo, totalizando os 41, e está em máximos de 2014, segundo os cálculos da Lusa com base nos dados da DGERT.

Este valor compara com os 16 despedimentos coletivos em grandes empresas registados em igual período do ano anterior.

Assim, o número de grandes empresas abrangidas por despedimentos coletivos mais do que duplicou no espaço de um ano, tendo registado uma subida de 156%, de acordo com os cálculos da Lusa com base nos dados da DGERT. É também mais do dobro de todo o ano de 2023 (18).

No total, o número de despedimentos coletivos comunicados pelas empresas ao Ministério do Trabalho subiu 14,7% até novembro, em comparação com o período homólogo, para 444.

Este valor supera o total registado em 2023 (431) e é também um máximo de 2020, período em que alcançou as 698 empresas.

Destes 444 despedimentos coletivos comunicados nos primeiros 11 meses de 2024, 150 eram de microempresas, 196 de pequenas empresas, 57 de médias empresas e de 41 grandes empresas, segundo os últimos dados divulgados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).

Através da análise dos dados da DGERT, é possível constatar que as microempresas e pequenas empresas continuam a representar o maior número de despedimentos coletivos comunicados ao Ministério do Trabalho.

Não obstante, é possível verificar que os despedimentos coletivos que envolvem grandes empresas estão a aumentar há dois anos seguidos e em máximos de 2014.

Nos primeiros 11 meses deste ano, o número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos aumentou 76% até novembro, face a igual período do ano anterior, totalizando os 5.725. Deste total, 5.403 foram efetivamente despedidos.

Na segunda-feira, a coordenadora do Bloco de Esquerda apresentou um “pacote de medidas de emergência” para combater a “vaga silenciosa de despedimentos coletivos” no país e que inclui a reversão de algumas medidas impostas pela ‘troika’.

No final de outubro, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social já tinha apontado que o aumento do número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos é preocupante e assegurou que o Governo estava a “acompanhar” a situação.

Scolari e Fernando Santos convencidos da boa forma de Ronaldo no Mundial2026

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foto: Arlindo Homem

Os ex-selecionadores de futebol de Portugal Luiz Felipe Scolari e Fernando Santos mostraram-se esta segunda-feira convencidos de que Cristiano Ronaldo vai jogar o Mundial2026 e se irá apresentar em bom plano, aos 41 anos de idade.

“Está a fazer um ano muito bom. Estive há pouco tempo na Arábia Saudita e conversei com o Cristiano. Tem desenvolvido tudo o que o leva à condição dele e vai estar em condições para que o Roberto [Martínez] o chame”, sublinhou Luiz Felipe Scolari, em declarações aos jornalistas à margem do jantar que vai encerrar as comemorações dos 110 anos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Um triunfo português no Mundial2026 “não depende apenas do Cristiano”, apontou o brasileiro, que levou a seleção portuguesa à final do Euro2004, no qual era o anfitrião, e às meias-finais do Mundial2006, numa altura em que não existia Cidade do Futebol e o presidente era Gilberto Madaíl.

“Não digo que seria melhor, uma vez que, no nosso tempo, com algumas dificuldades, era muito bom também. Foram tempos muito bons. Não tinha tudo isto, mas tinha outras coisas que nos impulsionavam e conseguíamos o que hoje Portugal tem”, disse.

Luiz Felipe Scolari revelou que continua a acompanhar a equipa das ‘quinas’ e que ainda canta o hino quando o ouve, algo que Fernando Santos naturalmente também o faz, depois de levar Portugal às conquistas do Euro2016 e da Liga das Nações de 2019.

Atualmente selecionador do Azerbaijão, Santos voltou a dizer que Cristiano Ronaldo “é o melhor jogador do mundo” e, portanto, não duvida da presença do capitão da seleção no Mundial2026.

“Sempre esperei que estivesse a um nível alto até tarde e não tenho dúvida nenhuma de que vai estar no Mundial. Vai dar o seu máximo para conquistar mais um título por Portugal. É o melhor jogador do mundo, ponto final parágrafo”, afirmou o antecessor de Roberto Martínez, que deixou o comando da equipa das ‘quinas’ após o Mundial2022.

Há 25 mortos e 23 desaparecidos em Los Angeles com três grandes fogos por conter

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Quase uma semana depois do início dos incêndios em Los Angeles, há 25 mortos confirmados e 23 desaparecidos e uma situação que permanece volátil, com ameaça de agravamento do vento e três fogos por controlar.

O maior incêndio, em Pacific Palisades, está com um nível de contenção de apenas 14%, sendo o maior e mais destrutivo no condado, onde morreram oito pessoas.

O fogo de Eaton, em Altadena (perto de Pasadena) está 33% contido numa altura em que já estão confirmadas 17 mortes. Em Sylmar, o fogo de Hurst é o que está mais próximo de ser controlado, com a contenção em 95%.

Há pelo menos 2.500 operacionais a combater os fogos em Los Angeles, o que inclui Guarda Nacional e bombeiros vindos do México e Canadá. Depois de alguma acalmia nos ventos de Santa Ana que fizeram deflagrar estes fogos, o condado está novamente sob aviso vermelho durante os próximos dois dias.

“Condições climáticas críticas elevadas para incêndio continuarão até quarta-feira”, avisou o chefe do Corpo de Bombeiros do Condado de Los Angeles, Anthony C. Marrone. “Esses ventos, combinados com baixa humidade, manterão a ameaça de incêndio em todo o Condado de Los Angeles muito alta.”

A chefe do Corpo de Bombeiros da cidade de Los Angeles, Kristin Crowley, garantiu que o departamento está focado em “conter os incêndios, salvar vidas e proteger propriedades”.

O centro de operações de emergência anunciou que a cidade de Los Angeles está a trabalhar com a agência federal FEMA para abrir centros de recuperação de desastre que auxiliem os residentes afetados pelos fogos. Pelo menos 180 mil pessoas tiveram de se evacuar e muitas perderam as casas, estimando-se que 12.000 edifícios tenham ardido nos principais incêndios.

O primeiro centro de recuperação vai abrir na quarta-feira, 15 de janeiro, no parque de investigação da Universidade UCLA.

As estimativas apontam agora para prejuízos na ordem dos 250 mil milhões de dólares, podendo este tornar-se o pior incêndio da história da Califórnia em termos de número de estruturas ardidas e perdas económicas, segundo o meteorologista chefe da AccuWeather, Jonathan Porter.

O líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Mike Johnson, disse que as ajudas federais à Califórnia no rescaldo deste desastre vão depender de certas condições, algo que é incomum no Congresso, que habitualmente aprova ajuda de emergência sem condições aos estados afetados.

Chega propõe destituição da Mesa da AM de Lisboa após chumbo do Tribunal Constitucional

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O partido Chega na Assembleia Municipal de Lisboa propôs esta segunda-feira a destituição da Mesa deste órgão deliberativo do município, na sequência da decisão do Tribunal Constitucional de inviabilizar o referendo sobre o alojamento local na capital.

A proposta de destituição da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), sob presidência de Rosário Farmhouse (PS), foi apresentada ontem pelo partido Chega na reunião da conferência de representantes dos grupos municipais, na sequência do chumbo por parte do Tribunal Constitucional (TC) da proposta de referendo local contra o alojamento local (AL) na capital.

Em comunicado, o grupo municipal do Chega justificou a apresentação da proposta de destituição da Mesa da AML, que ainda tem de ser discutida e votada em plenário, com o posicionamento do partido, que, “desde o início, foi contra o conteúdo” da iniciativa popular de referendo local sobre o AL em Lisboa, promovida pelo Movimento Referendo pela Habitação.

No âmbito da deliberação de remeter a iniciativa popular ao TC, a AML foi alertada, “expressamente, para o incumprimento do procedimento administrativo e, portanto, para a patente ilegalidade da proposta, corroborada pela Mesa”, afirmou o Chega.

“Como se veio a concluir pela decisão do TC, o Chega tinha razão e trata-se agora de tirar as consequências políticas relativamente a quem não quis ou não soube cumprir a lei e a Constituição da República Portuguesa”, expôs.

Além do partido Chega, os grupos municipais do PSD e do CDS-PP responsabilizaram a presidente da AML pela decisão do TC, enquanto a Iniciativa Liberal (IL) defendeu mesmo a demissão de Rosário Farmhouse.

PSD, CDS-PP, IL, PPM, Aliança e Chega votaram contra o envio ao TC desta iniciativa popular para um referendo local sobre AL, mas a proposta foi viabilizada, por maioria, em 03 de dezembro, com votos a favor de PS, BE, PEV, PAN, Livre e dois deputados não inscritos (Cidadãos por Lisboa, eleitos pela coligação PS/Livre), e as abstenções de PCP e MPT.

Em causa está a decisão do TC, datada de 03 de janeiro, sobre a proposta de um referendo local sobre o AL em Lisboa, em que determinou “não dar por verificada a legalidade” desta iniciativa popular devido à ausência de “um controlo efetivo das assinaturas” necessárias, à falta de um parecer do presidente da Câmara de Lisboa sobre o assunto e por considerar que as perguntas formuladas, inclusive quanto à proibição de estabelecimentos de alojamento local em imóveis destinados a habitação, “são inequivocamente desconformes com o quadro legal”.

Esclarecendo o seu papel neste caso, a presidente da AML defendeu que a verificação prévia de todas as assinaturas para um referendo sobre o AL na capital impossibilitaria a entrega do processo no TC dentro do prazo legal.

“Para a decisão de entregar todo o processo no Tribunal Constitucional sem pedir a verificação das novas assinaturas concorreu o facto de que, nos termos da lei portuguesa, a verificação das assinaturas dos subscritores da iniciativa popular é facultativa e não obrigatória”, afirmou o gabinete da presidente da AML, Rosário Farmhouse (PS), em resposta à agência Lusa.

De acordo com o Regime Jurídico da Referendo Local (RJRL), as assembleias “podem solicitar” aos serviços competentes da administração pública a verificação administrativa, por amostragem, da autenticidade das assinaturas e da identificação dos subscritores da iniciativa popular.

Pronunciando-se sobre a decisão do TC, a presidente da AML realçou que o acórdão deste órgão constitucional reconhece que “o pedido foi apresentado em tempo e o processo mostra-se regularmente instruído”.

Para Rosário Farmhouse, “este aspeto do tempo não é despiciente”, uma vez que, segundo o RJRL, a deliberação sobre a realização do referendo, que compete à assembleia municipal, “é obrigatoriamente tomada” no prazo de 30 dias, no caso de se tratar de uma iniciativa popular.

Após a decisão inicial do TC, o Movimento Referendo pela Habitação reformulou a proposta, para a submeter novamente a este órgão constitucional.

Fadista Fernanda Maria morre aos 87 anos

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foto: João Polónia / Notícias Em Direto

A fadista Fernanda Maria morreu hoje em Lisboa, aos 87 anos, disse à agência Lusa a poetisa Maria de Lourdes de Carvalho, amiga da intérprete de êxitos como “Não Passes com Ela à Minha Rua” ou “Saudade Vai-te Embora”.

Fernanda Maria Carvalheda Silva, de seu nome completo, nasceu em Lisboa, a 06 fevereiro de 1937, e criou “fados que perduram na memória”, senhora de uma voz “límpida e segura”, como afirmou o júri do Prémio Amália, que a distinguiu em 2007 com o Prémio de Carreira.

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