O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde disse hoje que o Presidente da Síria está disposto a considerar a abertura de novos postos fronteiriços para ajudar as vítimas no noroeste do país, controlado pelos rebeldes.
“Esta tarde encontrei-me com Sua Excelência, o Presidente Assad, que indicou que estava aberto a considerar a abertura de pontos de acesso transfronteiriço para esta emergência”, disse o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em declarações aos jornalistas, citadas pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
Bar al-Hawa é o único ponto de passagem operacional da Turquia para as zonas rebeldes afetadas pelo terramoto, mas foi danificado no terramoto.
A ajuda humanitária conseguiu utilizar esta passagem novamente desde quinta-feira, mas há cada vez mais apelos à abertura de outros postos fronteiriços para acelerar a chegada de ajuda a esta região controlada pelos rebeldes que se opõem a Damasco.
Tedros também saudou a “aprovação recente dos comboios transfronteiriços da ONU” pelo governo sírio para levar ajuda às áreas rebeldes.
Damasco anunciou que concordou em permitir que a ajuda internacional às áreas rebeldes fosse entregue a partir de áreas sob o seu controlo, mas a OMS continua à espera de ‘luz verde’ das autoridades nas zonas rebeldes para poder entrar.
“Estamos à espera”, confirmou o líder da OMS.
“Podemos avançar a qualquer momento para o noroeste, graças à permissão que temos deste lado. Estamos agora à espera de notícias do outro lado”, continuou, concluindo: “Quando a tivermos, atravessaremos para o noroeste”.
Pelo menos 33.179 pessoas morreram em consequência do violento sismo que abalou na segunda-feira a Turquia e a Síria, indicaram dados oficiais hoje divulgados.
Os dois países foram atingidos por um terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, a que se seguiram várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5.