A Torre dos Clérigos recebeu 1,2 milhões de visitantes ao longo do ano passado, divulgou, em comunicado, a Irmandade dos Clérigos, gestora do monumento que comporta a igreja, o museu e a torre sineira. O número de visitantes triplicou face a 2021, ficando, no entanto, 30% abaixo dos valores de 2019.
Com uma quota de 70% de visitantes internacionais no total de pessoas que acederam ao complexo ao longo do ano passado, a icónica estrutura barroca, projetada no século XVIII pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni, e classificada Monumento Nacional desde 1910, comprovou o seu lugar inestimável de atração turística da cidade e região Norte. Espanhóis e franceses lideraram a lista de visitantes estrangeiros, logo seguido do mercado norte-americano.
“Apesar de termos mantido as medidas de segurança e proteção implementadas desde 2020, com redução do fluxo de visitantes em simultâneo no interior da Igreja, Museu e Torre, chegámos ao final do ano ultrapassando a barreira de um milhão de turistas”, adianta o presidente da Irmandade dos Clérigos, padre Manuel Fernando.
“Numa análise mais detalhada à gestão de fluxos e procura para a compra dos bilhetes de acesso à Torre, teríamos ultrapassado os 1,5 milhões de visitantes de 2019 caso tivéssemos voltado ao regime de entradas desse ano”, acrescenta o responsável da instituição, adiantando que os dados de 2022 permitiram à Irmandade dos Clérigos “equilibrar as suas contas e consolidar os apoios à comunidade”.
Para a recuperação do fluxo turístico muito contribuíram alguns eventos, como o lançamento de vários livros – entre os quais “A questão sobre Deus é o não saber explicar”, de D. José Tolentino de Mendonça –, a exposição dos desenhos feitos por Álvaro Siza durante o confinamento motivado pela COVID-19 e a inauguração da exposição com os legados dos presidentes da Irmandade dos Clérigos.
A Irmandade dos Clérigos é uma instituição solidária, responsável pela gestão do conjunto arquitetónico Clérigos, classificado Monumento Nacional desde 1910. A Igreja e a Torre são a casa da Irmandade dos Clérigos desde 28 de março de 1748 e, desde 2014, ano da sua musealização, tanto a Igreja, como a Torre e o Museu são palco de uma agenda cultural nas áreas da música, pintura, escrita e fotografia.