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Domingo, Setembro 8, 2024

Luz da Paz de Belém distribuída na Paróquia de São Martinho do Porto

A Luz da Paz de Belém chegou à Paróquia de São Martinho do Porto na missa das 19h15 do dia 17 de dezembro – missa do 4.º domingo do Advento -, pela mão do agrupamento escutista 869 de São Martinho do Porto. A partilha da luz com a comunidade aconteceu no final da missa, num gesto alusivo à difusão da Paz do Jesus menino, de cujo local de nascimento, a Gruta da Natividade, em Belém, a chama foi trazida.

Há pelo menos cinco anos que os escuteiros de São Martinho do Porto participam na atividade de cariz mundial, na qual uma criança austríaca se dirige à Gruta da Natividade, contida na Igreja homónima, em Belém, para recolher a luz que lá arde durante todo o ano, há mais de mil anos.

A luz viaja, depois, de avião, até Tel Aviv, Israel, e daí até Viena, Áustria, cidade em que se realiza uma grande cerimónia ecuménica com a presença de 30 países europeus, que este ano decorreu a 10 de dezembro. Porém, a chama viaja também para o continente americano, para os Estados Unidos da América, Canadá e México, comoinforma o site da Peace Light North America e da International Peace Light.

Uma delegação do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português marcou presença no evento e, no mesmo dia, trouxe a luz para Portugal para, no dia seguinte, 11 de dezembro, esta ser distribuída na cerimónia nacional da partilha da Luz da Paz de Belém, que decorreu no Santuário de Fátima, na Basílica da Santíssima Trindade, tendo a Eucaristia sido presidida pelo Bispo de Leiria/Fátima, D. José Ornelas, e em que participaram mais de milhar e meio de escuteiros. O evento esteve ainda enquadrado nas celebrações do centenário do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português, tendo como lema “Missão: Leva essa Luz em Ti”.

Pedro Agostinho, chefe do agrupamento 869 de São Martinho do Porto, que este ano celebra 35 anos, contou que, em representação deste, foi um escuteiro de cada secção, entre os quais jovens. A luz recolhida esteve guardada nas suas casas até ao dia da partilha na paróquia.

Segundo o Padre Gaetano Catalano, pároco de São Martinho do Porto e Alfeizerão, “os sinais da luz são os sinais que marcam a História, o caminho do Cristianismo. E, de facto, é a Luz que vem ao mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo, que nascerá em Belém. A luz da quarta vela do Advento indica-nos que o caminho para o Natal está quase a chegar ao fim, esta espera do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, que não é apenas uma questão sentimental ou romântica, mas é muito profunda: como um sinal simples como a luz, a Luz da Paz de Belém, que, por um percurso grande, chegou até nós, e tem o significado da luz que vem à nossa vida, a cada um de nós”.

Esta luz é também partilhada em hospitais, lares, escolas, prisões, entre outros locais de interesse social, político ou cultural, tendo já sido apresentada ao Papa S. João Paulo II, ao Papa Emérito Bento XVI e ao Papa Francisco, bem como a Mikhail Gorbatshev, ao antigo rei Hussein da Jordânia, ao Presidente do EU, Romano Prodi, entre outros membros do Parlamento Europeu, ao exército das Nações Unidas no Kosovo, continuando a ser levada ao monumento em homenagem às vítimas do atentado às Torres Gémeas, “Ground Zero”, em Nova Iorque.

Levar uma mensagem de Paz até à Ucrânia

A Luz da Paz de Belém foi entregue pelos escuteiros ucranianos ao presidente Volodymyr Zelensky, que afirmou que esta assumia um caráter mais “especial”naquele ano, conforme a mensagem publicada na sua página de Facebook. A luz, por sua vez, foi entregue pelos escuteiros eslovacos aos congéneres ucranianos, segundo o The New Voice of Ukraine, que reporta igualmente, à data de 12 de dezembro, que esta seria depois difundida pela Ucrânia, chegando até às unidades fronteiriças através de um capelão militar.

Origem da iniciativa

A iniciativa da Luz da Paz de Belém teve início em 1986, sendo organizada, à altura, pela ORF, a corporação austríaca de radiodifusão e de televisão (AustrianBroadcasting Company), como parte de uma grande campanha, “Luz na Escuridão”, de apoio a crianças necessitadas na Áustria e no estrangeiro. Desde 1986, e especialmente depois da queda do Comunismo na Europa de Leste, em 1989, tem havido uma colaboração crescente entre os escuteiros a nível internacional.

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