O Carnaval de Torres Vedras está prestes a voltar às ruas da Cidade, depois de dois anos de interrupção devido à pandemia. “100 Anos do Carnaval de Torres Vedras” é o tema deste ano do Carnaval de Torres Vedras, que decorre entre 17 e 22 de fevereiro. Esta edição distingue-se, ainda, por marcar o arranque das comemorações do Centenário do Carnaval, que decorrem entre 17 de fevereiro de 2023 e 14 de fevereiro de 2024.
Depois de inaugurado o imponente Monumento ao Carnaval de Torres Vedras em plena Praça da República, as atenções estão agora no programa geral do evento.
Seis dias de folia
O Corso Escolar realiza-se na manhã de sexta-feira (17 de fevereiro) e é um dos momentos mais aguardados do Carnaval de Torres Vedras. Nas ruas da Cidade, milhares de alunos de todas as idades celebram o Entrudo e apresentam as máscaras preparadas durante o ano letivo. Nessa tarde, será a vez dos seniores participarem no Baile de Máscaras Tradição.
Num ano tão especial como este, a Chegada e Entronização dos Reis do Carnaval de Torres Vedras promete uma cerimónia ainda mais especial, prometendo mais espetáculo, mais “realeza” e muitas surpresas. Depois de chegarem à Estação Ferroviária, segue-se a leitura de um discurso satírico e a entrega das chaves da cidade pela presidente da Câmara Municipal a Suas Altezas Reais.
Nas noites de sexta-feira, sábado, domingo e segunda-feira, há animação noturna nas ruas do Centro Histórico, com a atuação de DJs Carnaval entre as 22h00 e as 4h00. Já o Arraial Fest irá contar com as atuações de Miguel Bravo (18 de fevereiro) e Ruth Marlene (20 de fevereiro).
Sábado (18 de fevereiro) fica marcado pela realização do primeiro corso noturno, que acolhe o Concurso de Grupos de Mascarados.
Já na tarde de domingo (19 de fevereiro) decorre o primeiro corso diurno, um dos “pontos altos” do Carnaval de Torres Vedras, com desfile de carros alegóricos, grupos de mascarados, carros espontâneos, “cavalinhos” com origem nas bandas filarmónicas do Concelho, Tó’Candar Paladin com a Banda Baco e um número incalculável de foliões espontâneos.
Um dos carros alegóricos que é o centro das atenções durante os corsos carnavalescos é aquele que transporta os Reis do Carnaval de Torres Vedras. Em ano de Centenário, também este carro promete algumas novidades, com espaço para convidados muito especiais.
Na segunda-feira (20 de fevereiro), o Corso Trapalhão representa as características únicas deste Carnaval, já que vive da espontaneidade dos seus foliões.
À semelhança do que acontece no domingo, a terça-feira de Carnaval (21 de fevereiro) fica marcada pela realização do corso diurno, onde também são anunciados os vencedores do Concurso de Grupos de Mascarados.
O Carnaval de Torres Vedras encerra com o Enterro do Entrudo, na noite de quarta-feira (22 de fevereiro). Depois de um desfile de tochas e velas pelas ruas do centro da Cidade, sucede-se um julgamento pleno de alusões satíricas sobre a realidade local, nacional e internacional e a queima do Boneco do Entrudo. O ato encerra com fogo de artifício.
O Carnaval de Torres Vedras é uma organização da Câmara Municipal de Torres Vedras e da Promotorres EM. Conta com o patrocínio de Super Bock, Paladin e Arena Shopping. O vinho oficial é AdegaMãe. A água oficial é Vimeiro. Televisão oficial: TVI. Rádio oficial: RFM. Apoio: Oeste Portugal
Um Carnaval centenário
Naquela que é a sua primeira edição desde 2020, os foliões aguardam por um evento ainda mais especial, marcado pelos 100 anos do Carnaval de Torres Vedras. O ano de 1923 marca o início da tradição do Rei do Carnaval de Torres Vedras, ainda que as manifestações carnavalescas sejam seculares.
Foi em 1923 que teve início a “dinastia” Régia, inicialmente apenas com o Rei, protagonizado por Álvaro André de Brito. Nesse ano, realizou-se a primeira receção ao Rei do Carnaval, na estação ferroviária de Torres Vedras. No ano seguinte, surgiria a primeira Rainha do Carnaval de Torres Vedras, interpretada por Jaime Alves.
Em 2023, os foliões esperam que o Carnaval de Torres Vedras seja ainda mais especial, com uma ligação ainda mais vincada à comunidade e à identidade local, numa celebração do seu passado, presente e futuro.